sexta-feira, 30 de junho de 2017

A cidade da praia acolhe todos os anos um grande numero de estudantes universitários, por razão de não existir as universidades nos restantes ilhas.
Katia Lopes é natural na ilha do Fogo, estuda na universidade de Instituto Jurídico e faz o curso de Relações Internacionais.
Hoje ela é a minha entrevistada  para contar- nos um pouco sobre a sua experiencia como estudante universitário.


Entrevista:

Por que motivo resolveste vir estudar na Praia?
Estudar na Praia foi uma decisão tomada em cima da hora, mais concretamente dois meses antes do inicio do ano letivo 2013/2014, portanto ela nunca esteve na lista dos principais destinos onde eu pretendia dar continuidade aos meus estudos, porque sempre me projetei estudando fora do país, porem devido há algumas circunstâncias tive de reformular/remodelar alguns itens do meu plano de vida, e um deles foi ter optado por estudar em Cabo Verde, visto que aquando do processo de candidatura a bolsas de estudos no exterior, logo a partida me aconselharam, a optar pelo estudo no país, porque raramente facultavam esse tipo de bolsas aos cursos que já existiam e eram lecionadas no Estado Cabo verdiano, e tendo em conta a área cuja a qual eu pretendia estudar, seria mais oportuno estuda-lo  por aqui mesmo, visto que eu estaria em contacto direto com as legislações e documentos tipicamente cabo verdianas. Hoje se me perguntarem, se em alguma ocasião tive algum sentimento de arrependimento, digo que não tive nem sequer um pingo do mesmo, porque não há nada melhor do que estudar em casa, Cabo Verde, e confesso que de todas as escolhas feitas por mim, essa foi a mais assertiva de todas.
Como é que ficou a tua relação com os teus pais e outros familiares quando vieste morar na Praia?
Ficou o melhor possível, porque a minha vinda a Praia intensificou ainda mais os nossos laços de amizade.
Tiveste dificuldades de adaptação. Se sim, quais?
Tive algumas dificuldades de adaptação, uma delas tinha que ver com o facto de eu estar numa ilha diferente, cuja a realidade era e continua sendo, muito distinta daquela com a qual eu estava habituada a conviver na minha ilha natal, ilha do Fogo, mas com o tempo fui me adaptando a essas diferenças.
Uma outra dificuldade que tive foi em relação a realização das tarefas doméstica, uma vez que na minha casa eu fazia somente as tarefas básicas, e raramente eu cozinhava, então tive de aprender a me autocuidar, e hoje me considero uma  autêntica chefe de cozinha.
Qual é a avaliação que fazes desta experiencia?
Faço uma avaliação bastante positiva dessa oportunidade única, produtiva, porque pude enriquecer os meus conhecimentos, aprender como fazer uma boa gestão das mesadas que os meus pais me facultavam mensalmente, e hoje não dependo das pessoas na realização de muitas tarefas.
Como te sentes em viver em republica?
Nunca vivi em republica, morei sempre com um familiar, e neste momento vivo com uma prima minha, que também é estudante.
Como é a tua relação com as suas companheiras de casa?
Eu e a minha prima somos muito amigas, porque desde de pequenas já tínhamos esse laço de amizade e respeito mutuo, o que acabou facilitando a nossa relação, que por acaso é muito boa. O sistema ou a estratégia utilizada por nós as duas, para que não tivéssemos problemas, foi o de partilhar as tarefas domesticas, e entender os defeitos uma da outra e sempre que houvesse um mal-entendido tentarmos ouvir o que a outra tinha a dizer antes de tirar conclusões precipitadas.
Qual é a sensação de viver e estudar longe de casa e da família?
Não é a melhor sensação do mundo, porque mesmo que os meus pais estejam a pouco quilômetros daqui eu sinto muita falta do carinho e amizade deles, e as chamadas telefónicas apesar de minimizarem a ausência dos mesmos, deixam aquele vazio.
O bom disso é que sempre nas ferias vou ao encontro deles, uma das vantagens de se estudar perto de casa.
Qual é o aprendizado que tiras desta experiencia?

De que, citando Aristóteles” a melhor escolha de cada indivíduo é a mais alta que ele pode alcançar”,

Nenhum comentário:

Postar um comentário