sexta-feira, 30 de junho de 2017

Ser estudante Universitário

O que é ser estudante universitário? Para muitos de nós, esta pergunta ainda é difícil de ser respondida. Quando tocamos na questão “universidade” para um calouro, a primeira ideia que ele tem é a de que ele está ali apenas para “absorver” conhecimento de um grupo de pessoas dotadas do saber acadêmico, bastando apenas ele frequentar todas as aulas, tirar notas (ou menções, no linguajar acadêmico) acima da média, cumprir a estrutura curricular, fazendo todas as matérias obrigatórias do curso e pronto. Cumpriu o currículo, se formou e lá está você com o tão sonhado diploma de curso superior. Isso quando muitos não desistem no meio do curso e nem chega a terminar.
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“Ser estudante universitário é a fase mais difícil de uma pessoa. É a fase que lhe permite sair da dependência dos pais e passar a ser independente. No entanto digo que é esta fase que mais dá falência aos nossos pais”. Diz Sara Andrade do curso de Gestão Património Cultural.Já para um veterano, a ideia de “estar na universidade” é, nos tempos em que a tecnologia domina o mercado, ainda pior. 

Para muitos veteranos, fazer um curso superior é quase a ideia de um calouro.Digo isso porque já presenciei muitos “coleguinhas” simplesmente, pulando etapas, ou seja, a mente de um veterano em instituições de ensino superiores, geralmente é a vista por calouros quando ingressam no ensino superior. Detalhe é que eles dizem aos calouros “não queiram pular etapas”, mas o acabam fazendo. 
O calouro acredita que eles, de fato, fazem o currículo “por etapas”, quando muitos, na verdade, não o fazem. Mas o aluno veterano dá uma grande lição aos calouros, a de que eles devem ser humildes, geralmente o pensamento é único e contrário por parte de quem entra na universidade, e por parte de quem já está na universidade, o calouro pensa que o veterano é do mal, a primeira palavra do léxico do calouro quando vê o veterano na universidade é “trote” (risos). 

Da mesma forma as primeiras palavras do léxico do veterano quando vê o calouro é “burro, bobinhos, chatos, não prestam”, entre outras (risos). Isso existe? Existe, mas vem sendo combatido pelos alunos veteranos com iniciativas que integrem os que ingressam nos cursos superiores das instituições de ensino superior no país. Infelizmente, ser estudante universitário no Brasil (e no mundo) ainda é isso, mas não respondemos a pergunta: afinal, o que é ser estudante universitário? Ser estudante universitário é muito mais do que ir lá e cumprir a estrutura curricular prevista para seu curso, pensamento de todos que estão envolvidos na academia.

É vivenciar a interação entre calouros e veteranos (afinal, estamos dentro de uma mesma estrutura) e temos que colaborar para que a universidade cresça, tanto para formar profissionais para o mercado, quanto para evoluir cientificamente. Lembro-me de uma situação bem curiosa no segundo semestre de 2012 (2012/2), ao ver a lista dos aprovados no 2 vestibular daquele ano no curso ao qual estou vinculado na UnB: Letras-Português do Brasil como Segunda Língua. Uma das calouras (agora veterana) à época me relatou: “Ivan, estou com receio de entrar na UnB, é difícil o curso?” disse a ela que esse conceito de fácil ou difícil não dependeria de mim, tão menos do que já é visto na universidade, mas dela, o acadêmico é quem faz sua trajetória e, com ele, sua profissão. 1 ano depois, ela é uma das destaques da turma que entrou naquela época, e segue sua trajetória de boas notas. 
Além disso, ser estudante universitário é aproveitar as oportunidades que a universidade te oferece; num mercado cada vez mais competitivo, é o diferencial um profissional que tem um currículo (e não apenas currículo, mas competências, que saiba fazer quando lhe for solicitado) bom, é formar amigos (amigos verdadeiros, aqueles que possam te dar uma mão em conselhos, atividades acadêmicas, além de saídas, trocas de ideias) etc. Não menosprezem seus colegas, estes podem te socorrer no futuro, na hora em que você mais precisar. Melhores amigos não são aqueles que estão todos os dias com você na vida acadêmica, mas aqueles que se enquadram nos requisitos acima, aquele que vai te dar um “empurrão” para seu sucesso, tanto profissional, quanto pessoal. 

Universidade não significa apenas assistir aulas, formar e exercer seu curso superior. Essa é apenas uma parte dela, mas não tudo. É hora de provar que você, estudante universitário, veio para ser destaque, e destaque requer, como dito acima, humildade para tudo, isso é que o mercado quer ver. Também ser curioso, atento as oportunidades que os professores (e os próprios colegas de curso) te dão, enfim, ser universitário é vivenciar um universo de oportunidades dentro de uma instituição de ensino superior, até aquelas que você acha “bobinhas”, mas que te darão um impulso para o mercado. E retribuir a sua formação para a comunidade, afinal, você passa três, quatro, cinco anos ali para aprender um ofício que, posteriormente, a comunidade te cobrará quanto a este aprendizado, exige um retorno de você que chegou a esta etapa da vida.E como viver tudo isso dentro do tempo de curso que você tem? Não sei, cada um vai encontrar sua forma, cada um tem seu método, essa é uma pergunta que o blog não pode responder, você, leitor, é quem descobrirá.

 No final, se toda essa vivência for bem aproveitada, você, estudante universitário, verá que a recompensa virá da melhor forma, além de formarmos profissionais competentes para o mercado (um dos maiores problemas no mercado de trabalho hoje é a falta de profissionais competentes, que não levam a sério seu curso superior), tirem o máximo de proveito do curso em que vocês estão vinculados, verá que isso fará falta de uma maneira ou outra se não for bem aproveitada. 

Por fim, respeito mútuo entre calouros e veteranos. Calouro, ser estudante universitário não é quebra-cabeça, não tenham receio e sigam seu caminho, sejam prestativos. E veterano, você não é o dono do mundo (tão menos do saber), ajudem aqueles que entram (lembre-se que você foi um calouro um dia e passou por tudo isso). Só assim, a universidade cumpre seu papel, além dos conselhos superiores, que também já o fazem dentro de suas respectivas limitações.  

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